não não feche os olhos
para o que tem por dentro
a obrigação de ser é que está morta
agora
tempo nenhum te alcança
os números não sabem nada de você
essa luz quente do mundo
sim foi feita para se beber
não não deixe o seu coração num canto
não o abandone assim por trocados
lá fora é que é pouco
hoje
vai ser para sempre a sua única chance
aquilo que segue adiante
é o que tem vento nos cabelos
o maior desperdício é não transbordar
não não aceite menos que isso
ou até as pedras serão mais humanas
não não permita a poluição do abraço
por coisa alguma que não possa amar
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