Vem me ver com esse sorriso, derrete o meu coração de pedra fria. Dessa alegria que é um mar interior, passeia a mão no meu rosto e me despe de todas as máscaras. Noite morena da noite mais quente e mais quieta, delicada união insolúvel, deita ao meu lado de olhos abertos, derrama no ar esse abraço para muito além do corpo. Vem devagar, vem me encontrar na tua boca. Nada é capaz de perturbar nossa calma. Nem aplacar a fúria ou preencher o abismo ou enxergar nas trevas que, tudo arrancado de nós, serão os muros entre nós e o mundo. Sobra aqui dentro a vida – renovável, limpa, luminosa. Somada e multiplicada, teremos o bastante para muitos séculos.
Um comentário:
Lindo, a paixão é assim...
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