desenrolar
uns nós de má-vontade
milhares
de obstáculos entre o querer e o alvo
egos
feridos de inveja, almas empedradas em dogmas
abrir
caminho entre os cínicos tocaiados na inércia
a
arrogância toda diluída com o veneno em suas flechas
heróis
de plástico, exércitos de uma ideologia intrínseca
construir-se
de suor sob uma chuva de escárnio
os
chicotes estalando em nossa busca de amparo
uns
meninos mimados, homens estéreis de ódio
traçar
alguma alegria atrás da máscara obrigatória
a
súbita cor da pele espalhada na maquiagem
restos
de uma antiga humanidade agora sem propósito
escombros
de comunidades nunca celebradas
cabe
somente a nós não morrermos
cabe
somente a nós
cabermos
pra sempre
compreender é um ato solitário
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