domingo, 9 de fevereiro de 2020

É de manhã. Quem dera prolongar essa promessa espreguiçosa no ar puro. Você não gosta de linhas retas, da luz matemática, das horas sem rastros de sonhos. Tem cheiro de orvalho e de pão, uma eletricidade que se espalha sobre o sono e colore as paredes de espera. É tão cedo. Só sei que te adoro, algum muito, uma delicarícia nas mãos, um beijo deitado na pálpebra. Você pulveriza o céu, despedaça, você está diluindo o céu no peso do teu corpo. Borbulha em bule de café, mas bem antes da pressa. Enfim. É o princípio. Vestir o ir em frente com o teu mistério, eu quero tatuar a tua pele em mim, a tua profundidade inspiralada. Você mora em tantos labirintos. E vai chegar logo mais, recarregada de noites.

Nenhum comentário: