Na primeira vez que amadureceu, tinha nove anos e meio e estava com o pai, que visitava um velho amigo, rico e influente, no começo de uma noite de sábado. Eles conversavam tediosamente no jardim de inverno e a criança deu um jeito de escapar, foi andar pela casa e acabou em um escritório que continha uma pequena biblioteca, o que para essa criança em particular era tão interessante quanto um quarto de brinquedos. Mas ela foi se interessar pelo livro que estava sobre a escrivaninha, e com toda a liberdade abriu-o e começou a ler. Descobriu que o amigo do pai tinha escrito em todas as margens, compulsivamente, coisas como "eles continuam tentando me derrubar", ou xingamentos, reclamações e as coisas mais estranhas que uma cabeça perturbada poderia pensar. Instantes depois, não era mais uma criança quem saiu daquele escritório.
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