não estou à tua altura, quem me dera acompanhar teus dias e enxergar de perto cada pequena explosão de sentimento que te abala, andar ao teu lado em raciocínios sérios e xingar os idiotas que não nos entendem, acho que eu iria adorar a tua risada, adoraria poder rir contigo e que você me olhasse de frente e abrisse as portas e me recebesse como um igual e me contasse os teus segredos, mas não vai ter jeito, pouco importa as diferenças estarem num reino totalmente abstrato, que existam só em nossas cabeças, ainda assim elas se colocam como um abismo entre nós dois, teu coração vai até a borda e com medo de altura você acaba desviando os olhos, então aqui estou eu vendo que sou invisível e não gosto nem um pouco disso, não sei se um deus ou se um verme, mas nesse caso dá na mesma, quem me dera ser ouvido uma só vez sem que nenhuma razão falasse ao mesmo tempo no teu outro ouvido, sem nenhum alarme sem nenhum ruído o rio das nossas vozes misturando as suas águas frescas acabadas de sair da fonte, por sermos irmãos e por mais nada, mas então não pode, não devemos, nossos mundos não se encaixam por preguiça eu acho mas não vai dar certo, sinto muito, simplesmente não, nunca, melhor nem pense, nem queira e muito menos tente, porque se não sei lá o mundo explode o sol pifa a Via Láctea desaba
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