sábado, 3 de setembro de 2022

Você não pode ver a linha que separa 
A luz da escuridão, o bem do mal, o certo do errado 
Até que alguém aponte pra você 
E você diz é mesmo está ali 
Você não consegue ver a diferença entre 
Uma linha real e uma imaginária 
Não há uma separação tão nítida, afinal 
Entre a verdade e o sonho, nada 
De concreto e definitivo sugere um limite exato 
Inquestionável, irremovível 
Entre a razão e a loucura 
Quando se quer caminhar 
Há muitos mais caminhos do que dois 
Nem só avançar ou regredir, imensamente além 
Do longe e do perto, aqui e ali, irrefreáveis 
E incontáveis direções, estradas, passos 
Quando se é capaz de ouvir 
Aqueles que conseguem ver, não somente aprendem a 
Sentir tudo que sabem 
Ou a saber tudo que sentem, mas também 
E sobretudo mas 
E também

Nenhum comentário: