Você não pode ver a linha que separa
A luz da escuridão, o bem do mal, o certo do errado
Até que alguém aponte pra você
E você diz é mesmo está ali
Você não consegue ver a diferença entre
Uma linha real e uma imaginária
Não há uma separação tão nítida, afinal
Entre a verdade e o sonho, nada
De concreto e definitivo sugere um limite exato
Inquestionável, irremovível
Entre a razão e a loucura
Quando se quer caminhar
Há muitos mais caminhos do que dois
Nem só avançar ou regredir, imensamente além
Do longe e do perto, aqui e ali, irrefreáveis
E incontáveis direções, estradas, passos
Quando se é capaz de ouvir
Aqueles que conseguem ver, não somente aprendem a
Sentir tudo que sabem
Ou a saber tudo que sentem, mas também
E sobretudo mas
E também
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