Um riso áspero
Carregado de velhos fracassos
Uma ternura endurecida
Demasiado
Até não restar quase nada
Dessa esperança torpe eu quero apenas ser
A primeira que morre
Da sua vitória mesquinha e pequena eu quero mais é
Não quero
Da sua diversidade seletiva
Eu não nasci pra fazer parte
Uma carícia cortante
Aquele abraço enquanto jaula
Uma arma ainda é uma arma se apontada pro alto
Não vejo mérito algum em repetir um erro
Tentando solucionar erros repetidos
Nem solução nenhuma
Da sua resposta única
Tenho um milhão de dúvidas
Da sua estrelinha de papel
Eu quero água
Da sua alegria amarga eu quero menos
Do seu vazio enfeitado
Eu não pedi nem notícias
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