Seu rosto era a mancha sobre a correnteza
Eu não sabia se te ouvia ou se era a seiva
Esse cordão de relva enrolado em seu pescoço
Tivesse um coração de pedra, ao menos, e ele pulsaria
Se eu arranhasse o concreto, acabaria com lama sob as unhas
Traça um número, ele nunca cicatriza as pétalas
Com qual arquitetura você encobre esse vazio pulsante
Pisa os seus escravos, o meu peito é aquele que transborda lava
Menos invisível que uma distorção constante na paisagem
Até que se perceba o plástico e a tinta
E que são de papel essas correntes em seus tornozelos
Pisco os olhos para misturar constelações e cinzas
Nada pode me alcançar no coração das cores
Silenciosa dança
Ainda chegará o momento em que verei a noite
Com um sopro atravessar a ordem da chuva
E amanhecer com vida
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