até eu me transformar pra sempre em só-poesia… quase o contrário da fuga, um submergir completo em realidades combatidas pelo medo ou pela ignorância, e desaparecer nos fatos onde o mundo encena enredos viciados… não, nunca mais o deserto de uma só alma implodida, quanto menos esses ásperos saberes sem nenhuma outra finalidade que limar o voo, bem mais pelo prazer da queda que apontando um sol nascente… ah, sim, compartilhar a substância das cantigas, não restar nesta matéria um único átomo sem versos… nem remotamente interessado em cascas ocas atirando pedras, nada em mim precisa ou quer lembrar respostas decoradas, qualquer outro lugar é um paraíso diante do abandono, aí, até onde se pode ver, só o que se propaga é o vácuo… porém… contudo, este ímpeto constantemente em tempestade, aceito, mais que isso, desejo ser o som, as margens e as sementes de todas as rimas, já vim tão longe, fora disso há muito pouco que me espere… uma ou outra bondade, um mar imenso de ressalvas, olhos fechados, longas línguas de um sentido amargo… enquanto eu lírio, bem depois de eterno, um ritmo, a expressão sincera, é impossível me tocar o que não dance em todos os detalhes…
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