sexta-feira, 24 de junho de 2016

De atenção contínua, imperturbável pela divisão dos segundos, pelo movimento dos ponteiros, número que some e dá lugar a outro nos relógios digitais, tudo existe e não há maiores ou menores formas de existir, nem com mais ou menos intensidade, nem há dentro ou fora, essa atenção-sujeito agindo e reagindo e indo e indo e indo, e sendo absorvida por aquilo que absorve e absorvendo aquilo que a absorve, e sendo, e sendo, a solidez sem forma, a fluidez que não passa, ser dois e ser dez e ser dez milhões e bilhões e incontáveis um só, sobre a linha invisível, no ponto de encontro, no centro da ponte que liga.

Um comentário:

Anônimo disse...

...porque só existir já basta.