quinta-feira, 28 de julho de 2016

Antes do inferno tinha um céu.

Mas então o inferno dizia que o céu era inventado. Que o céu era vaidade. Que o céu era uma projeção no inferno, tipo um filme em 3D ganhador do Oscar. Basicamente, o inferno dizia que tudo que existia era o inferno.

Depois vieram os tempos da mais absoluta indiferença.

Você me ama? Não. Me odeia? Não. O que é que você sente? Nada, eu só estou aqui. Nem faria diferença se eu não estivesse. E a verdade é que, no fim das contas, eu nunca não estive.

Sete chakras
dia e noite circulando
e ela pensa que “Nirvana” é só uma banda.

Antes do inferno tinha um céu, que era tão nada quanto o inferno – e no meio do nada a Terra gira sendo nada.

Parece – ela me diz –
que ele tem um par de asas,
mas é só porque na hora da fotografia
ele estava bem na frente de um dos anjos do cenário.

Tenho a ideia que eu quiser e nada disso é o mundo.

E tudo isso é o mundo.

E

3 comentários:

Anônimo disse...

Todo céu tem um pouco de inferno também! Senão seria perfeito demais!!

Anônimo disse...

Mas que inferno!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Inferno é melhor que indiferença, pelo menos você sente alguma coisa.