Antes
do inferno tinha um céu.
Mas
então o inferno dizia que o céu era inventado. Que o céu era vaidade. Que o céu
era uma projeção no inferno, tipo um filme em 3D ganhador do Oscar.
Basicamente, o inferno dizia que tudo que existia era o inferno.
Depois
vieram os tempos da mais absoluta indiferença.
Você
me ama? Não. Me odeia? Não. O que é que você sente? Nada, eu só estou aqui. Nem
faria diferença se eu não estivesse. E a verdade é que, no fim das contas, eu
nunca não estive.
Sete
chakras
dia
e noite circulando
e
ela pensa que “Nirvana” é só uma banda.
Antes
do inferno tinha um céu, que era tão nada quanto o inferno – e no meio do nada
a Terra gira sendo nada.
Parece
– ela me diz –
que
ele tem um par de asas,
mas
é só porque na hora da fotografia
ele
estava bem na frente de um dos anjos do cenário.
Tenho
a ideia que eu quiser e nada disso é o mundo.
E
tudo isso é o mundo.
3 comentários:
Todo céu tem um pouco de inferno também! Senão seria perfeito demais!!
Mas que inferno!!!!!!!!!!
Inferno é melhor que indiferença, pelo menos você sente alguma coisa.
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