Comprei
cinco dados feitos de sal.
Quando
chegávamos à Isla del Pescado, Patrícia comentou: “A natureza é criativa, né?
Se uma criança dissesse: ‘Eu vou desenhar um mar branco feito de sal, e no meio
uma ilha coberta de cactos’, você diria: ‘Hm... crianças’”.
Escrevo
pra ocupar as mãos; na boca, em vez de um cigarro, um chiclé de menta. O grupo
está passeando por aí e eu não quis pagar os quinze bolivianos de entrada pra
ilha.
Mais
de dez mil quilômetros quadrados de puro sal e eu só consigo pensar em um texto
do vizionário: “A gente vai ter que
ter tequila pra caralho!”
Antes,
no caminho, teve uma hora em que fechei os olhos incomodado pelo
fechei
os olhos incomodado pelo excesso de luz e tive um momento místico que não sei
explicar nem me interessa fazê-lo. Só tenho a dizer que tudo no mundo está em
seu devido lugar.
Sim, porque seria
redundante dizer que estou completamente em branco.
Um comentário:
texto lindo, divertido, "clean"! Fotos maravilhosas, que lugar, hein? B
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