sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Comprei cinco dados feitos de sal.

Quando chegávamos à Isla del Pescado, Patrícia comentou: “A natureza é criativa, né? Se uma criança dissesse: ‘Eu vou desenhar um mar branco feito de sal, e no meio uma ilha coberta de cactos’, você diria: ‘Hm... crianças’”.

Escrevo pra ocupar as mãos; na boca, em vez de um cigarro, um chiclé de menta. O grupo está passeando por aí e eu não quis pagar os quinze bolivianos de entrada pra ilha.

Mais de dez mil quilômetros quadrados de puro sal e eu só consigo pensar em um texto do vizionário: “A gente vai ter que ter tequila pra caralho!”

Antes, no caminho, teve uma hora em que fechei os olhos incomodado pelo


fechei os olhos incomodado pelo excesso de luz e tive um momento místico que não sei explicar nem me interessa fazê-lo. Só tenho a dizer que tudo no mundo está em seu devido lugar.

Sim, porque seria redundante dizer que estou completamente em branco.

Um comentário:

Beti disse...

texto lindo, divertido, "clean"! Fotos maravilhosas, que lugar, hein? B