Porém,
contudo, era o meu coração que estava
sendo chutado naquela calçada. Depois de cuspidas minhas melhores palavras, pétalas,
brasas. A honestidade era paga com desprezo, cada pequeno gesto analisado, medido e
revirado até confirmar alguma teoria prévia de que eu era um monstro. Covardes
que como tal eram heróis em bando, encontrando eco pras suas grandes arrogâncias
de pequenos cérebros. Por que eu amava todos mesmo assim, humano fogo brando,
enquanto eles matavam o que não entendiam. Eu ainda amava todos um por um.
No
entanto, era o meu rosto sendo arrancado sempre, suspeitando-se de máscara. Mais
tarde, eram vistos desfilando com orgulho os mesmos defeitos pelos quais me
condenaram, chamando-os por outros nomes. Talvez eu morresse um pouco menos se participasse
do seu tedioso culto à personalidade. De trás de um muro, diriam querer o meu
bem, fariam declarações discretas. Fariam até parecer que eu era um deles.
Todavia, entretanto, a voz suave não fecha as
feridas. Mentiras doces não causam belos finais de tarde.
Um comentário:
Em um blog deveria poder colocar “ curti”, “gostei”, “não gostei”, “interessante”, “amei!”......mesmo quando não se quer comentar ...
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