sábado, 30 de janeiro de 2021

Tendo assim o silêncio assoprado suas sombras sobre o pântano
Olhares inundados de saudades e alegrias e pesares
Penas de asas renovadas, portas e cortinas balançando ao vento e roupas brancas em varais
Inquieta alma que sonha as trilhas e segredos de montanhas altas
Poesia preguiçosa das manhãs de sábado, os ensolarados
Pés e palmas e ondas de rios e frios da brisa
Canções quase completas, portos, barcos
Verdes folhas vivas arrastando as árvores em direção ao céu
E espalhando os ares
Peixes de cores, couro, escama e correnteza cruzam as distâncias entalhadas
Nuvens que passeiam calmas
E se dissolvem e se espalham em prismas
Espelhos quebrados refletindo ainda a luz sempre encontrada
Tendo assim a verdade aceitado a sua fragilidade de vidro
Cristais, ou pérolas ou mágica
Eternidades de água e poemas que são copos cheios: vem
Abraça o sim que te adora
Esse jardim de bem-me-quer, um por do sol com pétalas de ágata
Vem
Agora alguma coisa há de ser casa

Um comentário:

Beti disse...

Delicioso poema... e as fotos falam por si!